
Os deslocamentos forçados acontecem entre diferentes países ou dentro de um mesmo país. No primeiro caso, por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e vários tipos de perseguição; no segundo caso, por desigualdades econômicas, principalmente.
Até meados do século 20, se usavam os termos “exílio” e “imigração” para retratar estes deslocamentos. Mais recentemente, através de instituições como a ACNUR ( organização global ligada à ONU e dedicada a salvar vidas e proteger os direitos de pessoas refugiadas), ganhou relevância também o termo “refugiado”.
As artes e a literatura oferecem perspectivas diferenciadas sobre o fenômeno das (i)migrações, porque agregam uma dimensão humana à discussão cultural, econômica e política; operam com o imaginário; e subvertem a linguagem.
SEM PÁTRIA E SEM CHÃO
Dilemas do exílio em Vilém Flusser e Jean Améry
A apresentação propõe um contraste entre as diferentes reações diante do exílio produzido pela Shoah. De um lado, Vilém Flusser. Nascido em Praga em 1920, emigrou para o Brasil em 1940, onde desenvolveu a sua teoria da conquista da apatricidade. Para ele, aprender a viver sem chão (Bodenlos) e sem pátria (Heimatlos) são conquistas que ele atingiu a partir de sua experiência radical. De outro lado, Jean Améry (nascido em Viena em 1912 com o nome de Hans Mayer), que se exilou na Bélgica durante o nazismo e foi preso e torturado pela Gestapo. Depois da guerra desenvolveu uma filosofia da pátria oposta à de Flusser. Para Améry: “o ser humano necessita de pátria [Heimat]”.
Os deslocamentos forçados acontecem entre diferentes países ou dentro de um mesmo país. No primeiro caso, por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e vários tipos de perseguição; no segundo caso, por desigualdades econômicas, principalmente.
Até meados do século 20, se usavam os termos “exílio” e “imigração” para retratar estes deslocamentos. Mais recentemente, através de instituições como a ACNUR ( organização global ligada à ONU e dedicada a salvar vidas e proteger os direitos de pessoas refugiadas), ganhou relevância também o termo “refugiado”.
As artes e a literatura oferecem perspectivas diferenciadas sobre o fenômeno das (i)migrações, porque agregam uma dimensão humana à discussão cultural, econômica e política; operam com o imaginário; e subvertem a linguagem.
SEM PÁTRIA E SEM CHÃO
Dilemas do exílio em Vilém Flusser e Jean Améry
A apresentação propõe um contraste entre as diferentes reações diante do exílio produzido pela Shoah. De um lado, Vilém Flusser. Nascido em Praga em 1920, emigrou para o Brasil em 1940, onde desenvolveu a sua teoria da conquista da apatricidade. Para ele, aprender a viver sem chão (Bodenlos) e sem pátria (Heimatlos) são conquistas que ele atingiu a partir de sua experiência radical. De outro lado, Jean Améry (nascido em Viena em 1912 com o nome de Hans Mayer), que se exilou na Bélgica durante o nazismo e foi preso e torturado pela Gestapo. Depois da guerra desenvolveu uma filosofia da pátria oposta à de Flusser. Para Améry: “o ser humano necessita de pátria [Heimat]”.
Márcio Seligmann-Silva
Professor titular de Teoria Literária na UNICAMP. Dr. pela Universidade Livre de Berlim e pós-doutorado por Yale. Foi curador, entre outras, das exposições "Hiatus: memória da violência ditatorial na América Latina", no Memorial da Resistência, e "Marcelo Brodsky: Exílios, Escombros, Resistências", no Museu Judaico de São Paulo. Autor de “Ler o Livro do Mundo” - Prêmio Mário de Andrade, pela Biblioteca Nacional; “O Local da Diferença” - prêmio Jabuti; “Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução”; “A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno”, “A virada testemunhal e decolonial do saber histórico”, dentre outros livros.
Márcio Seligmann-Silva
Professor titular de Teoria Literária na UNICAMP. Dr. pela Universidade Livre de Berlim e pós-doutorado por Yale. Foi curador, entre outras, das exposições "Hiatus: memória da violência ditatorial na América Latina", no Memorial da Resistência, e "Marcelo Brodsky: Exílios, Escombros, Resistências", no Museu Judaico de São Paulo. Autor de “Ler o Livro do Mundo” - Prêmio Mário de Andrade, pela Biblioteca Nacional; “O Local da Diferença” - prêmio Jabuti; “Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução”; “A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno”, “A virada testemunhal e decolonial do saber histórico”, dentre outros livros.
📍 ON-LINE
📅 25/03/2025
⏰ 20h
🆓 Entrada Gratuita
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