
Os deslocamentos forçados acontecem entre diferentes países ou dentro de um mesmo país. No primeiro caso, por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e vários tipos de perseguição; no segundo caso, por desigualdades econômicas, principalmente.
Até meados do século 20, se usavam os termos “exílio” e “imigração” para retratar estes deslocamentos. Mais recentemente, através de instituições como a ACNUR ( organização global ligada à ONU e dedicada a salvar vidas e proteger os direitos de pessoas refugiadas), ganhou relevância também o termo “refugiado”.
As artes e a literatura oferecem perspectivas diferenciadas sobre o fenômeno das (i)migrações, porque agregam uma dimensão humana à discussão cultural, econômica e política; operam com o imaginário; e subvertem a linguagem.
IMIGRAÇÃO E EXÍLIO JUDAICO
A arte como legado
A produção de artistas judeus emigrados e exilados no Brasil nas décadas de 1920 e 1930 se articula em torno de duas imagens: a tragédia humana, decorrente da violência nacional-socialista; e a cordialidade brasileira, mito que mascara a política antissemita. Suas obras são crônicas de sensações visuais e emocionais. Comprometidos com a História e personagens de um momento de convulsão na sociedade ocidental, estes artistas converteram o seu universo trágico em criações com marcas autobiográficas. Em pinceladas, traços, sons e palavras mesclam fragmentos de suas histórias de vida com elementos da realidade brasileira. Lasar Segall, radicado no Brasil desde 1926 e refugiados como Maria Helena Vieira da Silva, Gershon Knispel, Frans Krajcberg, Lise Forell e Walter Levy, atestam este processo.
Os deslocamentos forçados acontecem entre diferentes países ou dentro de um mesmo país. No primeiro caso, por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e vários tipos de perseguição; no segundo caso, por desigualdades econômicas, principalmente.
Até meados do século 20, se usavam os termos “exílio” e “imigração” para retratar estes deslocamentos. Mais recentemente, através de instituições como a ACNUR ( organização global ligada à ONU e dedicada a salvar vidas e proteger os direitos de pessoas refugiadas), ganhou relevância também o termo “refugiado”.
As artes e a literatura oferecem perspectivas diferenciadas sobre o fenômeno das (i)migrações, porque agregam uma dimensão humana à discussão cultural, econômica e política; operam com o imaginário; e subvertem a linguagem.
IMIGRAÇÃO E EXÍLIO JUDAICO
A arte como legado
A produção de artistas judeus emigrados e exilados no Brasil nas décadas de 1920 e 1930 se articula em torno de duas imagens: a tragédia humana, decorrente da violência nacional-socialista; e a cordialidade brasileira, mito que mascara a política antissemita. Suas obras são crônicas de sensações visuais e emocionais. Comprometidos com a História e personagens de um momento de convulsão na sociedade ocidental, estes artistas converteram o seu universo trágico em criações com marcas autobiográficas. Em pinceladas, traços, sons e palavras mesclam fragmentos de suas histórias de vida com elementos da realidade brasileira. Lasar Segall, radicado no Brasil desde 1926 e refugiados como Maria Helena Vieira da Silva, Gershon Knispel, Frans Krajcberg, Lise Forell e Walter Levy, atestam este processo.
Maria Luiza Tucci Carneiro
Historiadora e romancista, Professora Senior da USP, onde coordena o LEER-USP - Laboratório de Estudos Sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação. Autora dos livros: Os Diabos de Ourém (romance histórico); Cidadão do Mundo: O Brasil diante do Holocausto e dos Refugiados Judeus; Impressos Subversivos: Arte e Cultura Política. Brasil, 1924-1964; Judeus e Judaísmo na Arte de Lasar Segall; Lasar Segall, em co-autoria com Celso Lafer; Portinari em Israel, dentre outros.
Maria Luiza Tucci Carneiro
Historiadora e romancista, Professora Senior da USP, onde coordena o LEER-USP - Laboratório de Estudos Sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação. Autora dos livros: Os Diabos de Ourém (romance histórico); Cidadão do Mundo: O Brasil diante do Holocausto e dos Refugiados Judeus; Impressos Subversivos: Arte e Cultura Política. Brasil, 1924-1964; Judeus e Judaísmo na Arte de Lasar Segall; Lasar Segall, em co-autoria com Celso Lafer; Portinari em Israel, dentre outros.
📍 ON-LINE
📅 18/03/2025
⏰ 20h
🆓 Entrada Gratuita
📍 on-line
📅 18/03/2025
⏰ 20h
🆓 Entrada Gratuita